Responsável por proteger a medula espinhal e oferecer sustentação ao crânio, a coluna cervical possui uma anatomia diferenciada sendo formada por ligamentos, músculos, vértebras, disco intervertebral e as estruturas neurológicas.
A condição conhecida como cervicalgia, ou dores na cervical, consiste em incômodos nessa região, os quais podem surgir por uma série de fatores, especialmente sedentarismo, má postura, esforços repetitivos, pelo envelhecimento e traumas. Há ainda casos em que o problema pode ser originado por estresse, depressão, hérnia de disco, questões neurológicas e doenças reumatológicas.
Quais são os sintomas da cervicalgia?
Além das dores, os pacientes com essa condição apresentam rigidez e dormência na região cervical, assim como uma limitação nos movimentos para evitar que a dor na coluna vertebral se intensifique. Há ainda casos em que o paciente pode sentir dor de cabeça, febre e redução da força nos braços e até mesmo nas pernas.
Em grande parte das vezes, as dores cervicais melhoram depois de uma ou duas semanas, mas é importante procurar ajuda médica para analisar a causa da dor e do problema. Para isso, é comum que o especialista solicite alguns exames de imagens, os quais identificam se existe uma causa secundária para as dores, como hérnias de disco, artrose, fraturas ou infecções, entre outras possibilidades.
Quais são as opções de tratamento para a dor cervical?
O tratamento para a dor cervical depende da gravidade e se há lesões no local, além de fatores como a idade e o histórico clínico do paciente. Inicialmente, é comum que o especialista recomende o repouso relativo, que consiste em evitar esforços repetitivos e descansar a região afetada. Também é indicado que o paciente adote algumas mudanças em seu cotidiano, incluindo o uso de colchões e travesseiros anatômicos e a prática regular de atividade física direcionada ao fortalecimento da coluna cervical.
Para o alívio da dor, o tratamento para cervicalgia pode ainda incluir o uso de alguns medicamentos, como:
- Analgésicos: a escolha por analgésicos opioides ou não opioides depende da avaliação de cada caso e da idade e tolerância do paciente.
- Anti inflamatórios: a opção pelos anti-inflamatórios não hormonais é a mais comum para o alívio das chamadas dores agudas. Porém, esses medicamentos só devem ser usados por um intervalo limitado de tempo, o que torna essencial o acompanhamento médico.
- Relaxantes musculares: são bastante utilizados para o tratamento de patologias no sistema musculoesquelético, como por exemplo, a ciclobenzaprina.
Para as etapas de manutenção e reabilitação da dor cervical, os pacientes também podem ser instruídos a adotar tratamentos complementares, os quais incluem
- Acupuntura: aplicação de estímulos através da pele, com a inserção de agulhas em pontos específicos, a acupuntura proporciona o alívio da dor através de um efeito natural analgésico.
- Fisioterapia: com os exercícios de alongamento e a ajuda de um fisioterapeuta, o paciente consegue recuperar sua flexibilidade e a plena funcionalidade dos músculos da região cervical.
- Colar cervical: em alguns casos, esse item é necessário para imobilizar a cervical e manter sua posição anatômica, impedindo que o paciente realize esforços que afetem a região.
- Massagem: massagens na área dolorida são úteis para estimular a circulação do sangue e melhorar o relaxamento após atividades que causam sobrecarga.
Como evitar a dor cervical
Primeiramente, é importante evitar permanecer por muito tempo em posições onde a cervical se mantém flexionada, pois essa é uma das principais razões que geram sobrecarga nas estruturas cervicais e causam a dor na coluna e a dor no pescoço. Essa postura indevida deve ser corrigida especialmente em atividades comuns do dia a dia, como ao utilizar o computador ou checar o celular.
Praticar atividade física regularmente, como alongamentos e exercícios que fortaleçam os membros superiores, também ajudam a prevenir as dores na cervical, tendo em vista que contribuem para que a musculatura cervical esteja bem condicionada.
Além disso, fatores ligados ao bem-estar do indivíduo, como a redução do estresse, a qual evita que ocorram espasmos e contraturas nos músculos, e o abandono do tabagismo, que estimula a desidratação dos discos intervertebrais, também são fundamentais para evitar essa condição.
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