A condição conhecida popularmente como “bico de papagaio” diz respeito ao surgimento de osteófitos na coluna vertebral, algo relativamente comum a partir dos 40 anos de idade. Esses osteófitos aparecem na parte externa dos discos intervertebrais e são resultado da degeneração do anel fibroso do disco intervertebral e do platô vertebral.
Além disso, eles também podem surgir devido a processos inflamatórios no local e pela degradação de íons de cálcio nas regiões inflamadas.
Como essa alteração pode ser facilmente detectada em radiografias simples da coluna, e a mesma possui o formato de um gancho parecido com um bico, ela acabou ganhando o apelido de “bico de papagaio”.
O processo de envelhecimento é a principal causa para o aparecimento dos osteófitos na coluna vertebral, mas existem alguns outros hábitos que podem acelerar essa condição, como estresse, tabagismo, sedentarismo quando acompanhado de diabetes, e uma alimentação concentrada em gorduras saturadas, carboidrato e açúcar.
Apesar de ser menos comum, alguns fatores genéticos também podem contribuir para os bicos de papagaio, como é o caso de doenças autoimunes e da espondilite anquilosante.
De uma forma geral, ele não causa dor, mas o sintoma mais destacado quando presente por pacientes com bico de papagaio é uma dor no local, em função do avanço do processo inflamatório na região. Caso a doença não seja devidamente diagnosticada e tratada, apesar de raro podem gerar dificuldades para caminhar devidos as dores e até mesmo formigamentos nas pernas, no caso de pacientes em que os osteófitos atingem e comprimem as estruturas nervosas.
Em casos considerados mais graves, o bico de papagaio pode gerar um quadro de parestesia, que consiste na perda de sensibilidade nos membros inferiores, ou a paresia, que é a perda de força nos membros inferiores. Sendo assim, o tratamento precisa ser iniciado para que a condição não se torne um quadro mais avançado podendo geral alterações neurológicas como a perda da sensibilidade e da força nos membros inferiores.
Tanto o bico de papagaio como a hérnia de disco são condições que pode causar muitas dores e desconforto na região da lombar, além de terem entre suas causas, o envelhecimento natural do indivíduo. No entanto, o bico de papagaio e a hérnia de disco também possuem algumas diferenças importantes, que precisam ser consideradas.
A hérnia de disco é uma condição na qual os discos intervertebrais, que são os discos que estão entre as vértebras, acabam se desgastando, o que provoca um atrito entre as vértebras até mesmo seu rompimento contribuindo para o surgimento de sintomas, como dores constantes no local ou dores irradiadas para os membros. O bico de papagaio, por sua vez, é uma alteração que resulta no aparecimento de uma protuberância óssea entre as vértebras na maioria das vezes sem gerar grande andes compressões nos nervos diferente da hérnia de disco.
Ao sentir dores constantes na região lombar, que não melhoram com o uso de medidas paliativas, como analgésicos anti-inflamatórios e analgésicos, o paciente deve procurar um médico ortopedista e marcar uma consulta. O especialista realizará então uma avaliação médica para identificar a origem das dores.
Nem sempre as dores nas costas são causadas por algum problema na coluna do paciente, pois existem outras condições como infecções urinárias e problemas renais, endometriose e apendicite, entre outras, que também podem simular um possível problema na coluna. Portanto, o ortopedista irá solicitar uma radiografia da coluna e outros exames complementares para ter certeza do diagnóstico.
Caso o bico de papagaio seja confirmado, já é um sinal que está havendo uma sobrecarga excessiva e consequentemente uma degeneração na coluna sendo comum a solicitação de uma ressonância nuclear magnética ou uma tomografia axial computadorizada para uma melhor avaliação.
Infelizmente, o bico de papagaio não tem cura até o momento, mas através do acompanhamento correto com o ortopedista o paciente irá melhorar sua qualidade de vida e reduzir consideravelmente suas dores e desconfortos na região. Para isso, o médico poderá receitar o uso de alguns medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, de acordo com a gravidade de cada caso.
Também é muito importante melhorar a postura diminuindo o excesso de carga na região e mantê-la sempre ereta para evitar o avanço da doença. Para certos pacientes, pode ser necessário realizar sessões de fisioterapia entre duas a quatro vezes por semana para que o tratamento medicamentoso alcance os resultados esperados e reduza as dores. Em uma parcela dos pacientes que apresentam um desalinhamento na coluna causado pela doença, o ortopedista poderá sugerir inicialmente uma reeducação postural além do trabalhoso fortalecimento muscular e em casos extremos até mesmo a correção da deformidade.
Independente da idade do paciente ou da gravidade da condição, é fundamental obter acompanhamento médico para evitar que o bico de papagaio piore com o tempo e provoque limitações na vida dos pacientes.
Ainda não existem estudos sobre métodos de prevenção específicos para o bico de papagaio, mas existem hábitos que vem se mostrando bastante eficazes para prevenir problemas nos ossos e na coluna vertebral, de maneira geral. Confira a seguir quais hábitos são esses.
A adoção dos hábitos citados é benéfica não apenas para a saúde dos ossos e da coluna, mas também para evitar diversas outras doenças. Através desse conjunto de hábitos saudáveis, os indivíduos podem aumentar consideravelmente a sua qualidade de vida e reduzir uma série de riscos.
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