O cisto é um termo médico utilizado para retratar uma espécie de bolsa de tecido, a qual pode estar cheia de líquido, ar, sangue ou outros fluídos. Os cistos costumam surgir de forma lenta e gradual, e podem se formar em qualquer região do corpo, inclusive na coluna vertebral como é o caso do cisto de Tarlov.
O cisto de Tarlov foi citado pela primeira fez na literatura médica ainda em 1938, pelo neurocirurgião norte-americano Isadore Tarlov. Essa condição consiste no surgimento de uma camada relativamente fina, preenchida por líquido cefalorraquidiano, que cobre a raiz nervosa na parte interior da coluna, na região sacral.
As causas para o aparecimento dos cistos de Tarlov ainda são motivo de debate entre a comunidade médica. Acredita-se que entre 5 a 10% da população mundial possua essa condição, a maioria dos casos em uma versão leve e sem a presença de sintomas.
Mesmo sem uma causa específica, uma parcela dos especialistas defende que os cistos de Tarlov podem surgir com maior frequência pelas seguintes razões:
Uma grande parcela dos pacientes com cisto de Tarlov não apresenta sintomas, ou então somente sinais esporádicos e quase imperceptíveis. Nos casos sintomáticos, que correspondem a cerca de 4% dos pacientes com o cisto, o principal indício são as dores nas costas, provocadas pela erosão óssea, ou ainda dores ciáticas devido a compressão do nervo ciático na região.
Em alguns casos mais sérios, a dor lombar do paciente pode irradiar para os membros inferiores, e piorar com a realização de movimentos simples como caminhar, inclinar o corpo para frente ou levantar peso. Além disso, o paciente também pode sentir dores de cabeça, formigamentos nas pernas, prisão de ventre e dificuldades para urinar.
Como muitos pacientes não possuem sintomas e não têm sua qualidade de vida afetada pelo cisto de Tarlov, essa condição costuma ser descoberta de forma ocasional ao realizar exames de rotina ou durante o processo de investigação de outras patologias.
Como o cisto costuma aparecer próximo da região pélvica inferior, em um primeiro momento o médico pode desconfiar de outras condições, como hérnia de disco lombar ou, em pacientes do sexo feminino, de problemas de origem ginecológica.
Para garantir um diagnóstico preciso é fundamental procurar um ortopedista e realizar os exames de imagem solicitados, os quais podem incluir tomografia computadorizada, para identificar o estágio da erosão óssea, e também a ressonância magnética da coluna lombossacra.
Somente após uma avaliação médica detalhada é possível definir qual o tratamento adequado para essa condição, tendo em vista que a coluna vertebral é uma região de grande complexidade, em que diferentes tipos de lesão podem causar sintomas similares.
Dito isso, existem dois métodos possíveis, que são o tratamento clínico e o cirúrgico.
A solução inicial para tratar o cisto de tarlov é a intervenção clínica, que consiste em sessões de fisioterapia e no uso de medicamentos específicas. Também é importante que o paciente adote algumas mudanças em seus hábitos diários, como evitar esforços repetitivos, melhorar a postura e se prevenir do excesso de peso.
Quando o tratamento clínico não é o suficiente para conter as dores e trazer melhorias em termos de qualidade de vida, o especialista pode indicar uma cirurgia descompressiva. A escolha por esse método de intervenção irá depender de alguns fatores, como o nível de compressão da raiz nervosa, a idade do paciente e o seu estado de saúde, em geral.
Além disso, outros procedimentos possíveis são a drenagem percutânea guiada por tomografia computadorizada e a injeção de cola de fibrina no interior do cisto, com o objetivo de diminuir os riscos de recidiva.
De forma geral, sim. Mas os pacientes que possuem cistos maiores e enervados podem desenvolver sintomas de maior complexidade, o que demanda um acompanhamento médico contínuo e a escolha pelo método de tratamento mais conveniente.
O principal cuidado entre os pacientes diagnosticados com essa condição é relativo a rotina de atividade físicas. Antes de se exercitar, é preciso obter a opinião de um especialista, pois em certos casos, o indivíduo deve se limitar a praticar somente atividades de baixo impacto para não desenvolver dores na região lombar e nos membros inferiores.
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