Escoliose é quando a curvatura da coluna se torna anormal de um dos lados, podendo ser notada quando se olha as costas do paciente. Uma coluna normal é alinhada, enquanto a curvatura da coluna com escoliose tem um formato de “S” ou “C”.
A escoliose pode se apresentar de diferentes formas em termos de evolução, bem como possui distintas origens. Para melhor compreensão, conheçamos agora os tipos de escoliose:
Esse tipo de escoliose tem origem muscular ou neurológica. Na maioria dos casos a escoliose neuromuscular decorre de alguma doença neurológica, como é o caso da paralisia cerebral. Além desta enfermidade, pacientes com distrofia muscular, traumatismo raquimedulares, artrogripose e mielomeningocele também podem desenvolver uma escoliose neuromuscular.
A escoliose degenerativa costuma se desenvolver em dois casos: com o processo natural do envelhecimento, normalmente após os 60 anos de idade, devido ao desgaste dos discos da coluna vertebral, bem em qualquer fase da vida após alguns tipos de lesões, como osteoporose e traumas na região da coluna.
Neste caso, o individuo já nasce com a condição. Esse tipo é uma má formação óssea do qual é possível ver a deformidade da coluna desde o nascimento. Há casos em que a deformidade só começa a ser notada durante a fase de crescimento, passando despercebida nos primeiros meses de vida.
É a causa mais comum nos consultórios e não possui uma causa definida. Na maior parte dos casos a escoliose idiopática começa a ser perceptível na adolescência.
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 80% dos casos correspondem a curvas pequenas. Os 20% restantes dos casos contam com curvas mais severas que podem afetar a qualidade de vida do paciente, como limitar a movimentação da coluna e gerar alguma restrição cardiorrespiratória, devido a redução de espaço dentro do tórax.
Geralmente, pacientes com escoliose idiopática não possuem sintomas. Se a doença evoluir, sintomas variados poderão ser relatados. A escoliose idiopática pode ser classificada como:
Embora a maior parte dos casos de escoliose seja idiopática, há outros casos em que há causas já conhecidas pela literatura médica. São elas:
Um paciente com escoliose, sobretudo congênita, pode conviver com o problema por muito tempo de forma assintomática em grande parte dos casos. A falta de sintomas e a dificuldade para perceber visualmente o desvio da coluna, faz com muitas pessoas só busquem ajuda médica com a evolução da doença, ou seja, quando, muitas vezes depois de anos, começam os sintomas.
Entretanto, uma pessoa com escoliose também pode ter desagradáveis sintomas desde o princípio do diagnóstico, que podem ser isolados ou cumulativos. São eles:
A principal forma de identificar sinais de escoliose é com o exame físico no consultório. Analisar o histórico clinico do paciente também é importante. Para confirmação do diagnóstico ou saber o estágio da doença, o médico poderá solicitar exames complementares, como radiografias e outros exames de imagem.
Para os pacientes com escoliose leve, o tratamento é feito apenas com a observação médica periódica e reabilitação motora com fisioterapia. Dessa forma são realizados exercícios físicos que fortalecem a musculatura e equilibram a coluna vertebral. Há casos em que o médico especialista em coluna indicará exercício de musculação com moderação.
A cirurgia só será indicada para pacientes com curvaturas de 40 a 45 graus que segue evoluindo, e para todos os pacientes com curvas de 50 graus ou mais. A cirurgia visa corrigir a deformidade da coluna e impedir que o problema evolua.
Os casos com curvatura entre 70 e 90 graus tendem a comprometer órgãos vitais do paciente, sendo de suma importância uma cirurgia, do qual só ocorrerá após a decisão do médico, que depende de uma análise completa de cada caso.
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