Espondilodiscopatia degenerativa é uma condição que decorre do progressivo desgaste dos discos intervertebrais, sendo causada pelo processo de envelhecimento e consequente degeneração da coluna.
Conforme acontece o desgaste destes discos, responsáveis pelo amortecimento das vértebras, o indivíduo pode sentir dores. Além disso, tal processo também é conhecido pela redução da mobilidade do paciente.
A doença é classificada de acordo com a parte da coluna afetada. Isso quer dizer que pode ocorrer tanto a espondilodiscopatia degenerativa lombar, quanto degenerativa cervical ou torácica.
Os sintomas que a espondilodiscopatia degenerativa pode apresentar
Seja na coluna lombar, torácica ou cervical, é fato que a doença sempre causa desconfortos e dores na área comprometida. Vale destacar que os sintomas são variáveis entre os indivíduos.
Os indícios de que possa se tratar de espondilodiscopatia degenerativa são dor no pescoço, nas costas ou que irradiem para membros superiores e inferiores. Na maior parte das vezes, as dores são acentuadas ao se realizar atividade física ou quando a pessoa se mantém sedentária por um período prolongado.
O indivíduo acometido também poderá referir fraqueza muscular em braços e pernas, bem como formigamentos pelo corpo.
Conheça detalhes sobre a anatomia e a importância da coluna vertebral
A coluna vertebral, que pode ser afetada pela espondilodiscopatia degenerativa, é uma estrutura de natureza óssea. Esta tem início na base do crânio e termina no cóccix, sendo formada por 33 vértebras.
Um total de cinco regiões formam a coluna vertebral: coccígea, sacral, lombar, torácica e cervical. Dentre as funções desta estrutura estão a mobilidade do tronco, proteção da medula espinhal e suporte de todo o peso corporal.
Saiba mais sobre a coluna lombar
Formada por cinco vértebras, a coluna lombar está localizada na porção inferior da coluna vertebral. Tais vértebras são consideradas as mais fortes de toda a estrutura, uma vez que suportam grande parte do peso do corpo.
Os discos intervertebrais estão presentes entre as vértebras lombares, respondendo pelo amortecimento de impactos na região, possibilitando a movimentação da coluna.
Algumas peculiaridades acerca da coluna torácica
Composta por um conjunto de doze vértebras, a coluna torácica fica localizada na porção intermediária da coluna vertebral.
Nesse caso, as vértebras são mais estreitas e de menores dimensões que as lombares. Órgãos como os pulmões e coração são protegidos pela coluna torácica.
Estruturas denominadas de “articulações facetárias” são responsáveis por conectar as vértebras, permitindo que a coluna vertebral se movimente naturalmente.
A coluna vertebral também é composta por outros elementos, tais como tendões, ligamentos e músculos. Estes, por sua vez, auxiliam para que esta se mantenha estável.
De que formas a espondilodiscopatia degenerativa é causada
Além dos discos intervertebrais, a condição também afeta vértebras adjacentes. Apesar das causas da espondilodiscopatia degenerativa ainda não serem totalmente conhecidas, há fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença .
Desse modo, o envelhecimento natural do corpo é um dos fatores mais comuns, podendo causar outros problemas, como bico de papagaio e hérnia de disco.
Outros fatores associados a esta condição são lesões na coluna vertebral, traumas na região, obesidade, má postura, tabagismo, sedentarismo e até mesmo condições genéticas.
Os recursos empregados para diagnóstico da doença
Caso o indivíduo apresente rigidez na região lombar, dores que são irradiadas para outras partes do corpo, bem como dor nas costas e fraqueza muscular, é importante que procure um médico especialista a fim de investigar o caso.
Para confirmação diagnóstica, o médico poderá adotar diversos métodos, que consistem tanto na avaliação do histórico clínico do paciente quanto na solicitação de alguns exames. Confira:
- Exame físico: O médico avaliará os hábitos posturais do paciente, sensibilidade, reflexos e amplitude de movimentação. Para isso, o profissional solicitará que o paciente execute movimentos específicos a fim de avaliar a rigidez da região e a intensidade das dores.
- Eletroneuromiografia: Trata-se de um exame voltado à avaliação das funções de músculos e nervos, sendo importante para mensurar a compressão nervosa sobre a coluna.
- Radiografia: Colabora para a identificação dos bicos de papagaio (osteófitos), tratando-se de composições ósseas geradas em torno das estruturas articulares da coluna vertebral.
- Tomografia computadorizada: Por meio deste exame, torna-se possível a avaliação de toda a coluna vertebral, incluindo a visualização de possíveis osteófitos.
- Ressonância magnética: Este representa o exame mais empregado para diagnóstico da doença. Isso se deve à capacidade que apresenta de exibir claramente se há degeneração dos discos intervertebrais, bem como a existência de estreitamento do canal vertebral e outras condições.
Assim como ocorre em outros tipos de doenças, o diagnóstico precoce é importante para se diminuir as chances de futuras complicações em decorrência da espondilodiscopatia degenerativa.
Tratamentos adotados para casos de espondilodiscopatia degenerativa
Conforme o grau de comprometimento do paciente, decorrente do estágio da doença, o especialista determinará a forma mais adequada para tratamento. Desse modo, o médico poderá prescrever medicamentos como relaxantes musculares, analgésicos e anti-inflamatórios a fim de que auxiliem no alívio das dores típicas da doença.
Outros métodos, entretanto, poderão ser empregados, como técnicas fisioterápicas, estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) e, em casos mais avançados, o especialista poderá recomendar a cirurgia.