Espondilose é uma condição da coluna cervical que surge em decorrência do desgaste dos discos intervertebrais. Essa condição também é conhecida na literatura médica como espondilolistese lombar ou osteoartrite lombar.
Geralmente, em decorrência do envelhecimento, é comum que esses discos que atuam como amortecedores entre as vértebras, venham a perder a sua elasticidade e a capacidade de amortecimento da coluna cervical, gerando dor, incômodo e prejuízo na qualidade de vida.
Entretanto, não é apenas o envelhecimento que pode acometer um indivíduo com espondilose lombar. Embora não seja uma regra absoluta, é mais comum que essa condição se manifeste após os 40 anos de idade, mas não é raro que pessoas mais jovens procurem um especialista em coluna por conta do desenvolvimento dessa condição.
Classificação dos tipos de espondilose
Atualmente a literatura médica divide a espondilose em três principais tipos, sendo eles:
Espondilose do tipo I: é o tipo das degenerações no disco intervertebral sem que ocorra uma hérnia ou deslocamento. Costuma ser chamado de espondilose lombar sem estenose lombar.
Espondilose do tipo II: nesse caso ocorrem degenerações no disco intervertebral, entretanto, há a ocorrência de deslocamento, mas sem o surgimento de hérnia.
Espondilose do tipo III: aqui há alterações degenerativas no disco intervertebral tanto com deslocamento, quanto com a presença de hérnia.
Além da classificação, também há uma divisão na espondilose de acordo com a região afetada, conforme veremos a seguir.
Espondilose na coluna lombar
A espondilose lombar pode causar dores na parte inferior das costas, principalmente em pacientes com mais de 40 anos. É comum que exista dores intensas pela manhã ou no horário em que a pessoa costuma se levantar da cama, devido ao tempo em que ficou deitada. Além da dor, essa espondilose pode gerar formigamento na região lombar, além de dificuldade para se mover.
Espondilose na coluna vertebral
É o tipo mais frequente nos consultórios de ortopedia de especialistas em coluna. O motivo para a maioria dos casos diagnosticados serem de espondilose na coluna vertebral é que essa região é muito afetada pela má postura, sobrecargas de pesos e movimentos, além da movimentação da cabeça.
É comum também em pessoas mais jovens, devido à má postura, principalmente durante o uso excessivo de celulares e computadores. As principais queixas dos pacientes de espondilose na coluna vertebral são formigamento ou ardência no pescoço, mãos e braços. Também há quem sinta que os braços estão mais fracos e há dificuldade em movimentá-los.
Fator de risco para a espondilose
A espondilose lombar ou cervical acomete, principalmente, idosos, devido ao processo natural do envelhecimento ou a existência de outras doenças degenerativas ou não. Entretanto, pode acometer outras pessoas mais jovens, principalmente as que estiverem no seguinte grupo de risco para espondilose:
- Ser obeso;
- Ter no histórico familiar parentes diretos com espondilose lombar ou cervical;
- Pacientes que já tenham sofrido uma ou mais lesões na coluna vertebral.
Causas
Além do desgaste dos discos intervertebrais devido a perda de elasticidade e amortecimento natural da coluna no envelhecimento, uma pessoa poderá ser acometida com espondilose lombar ou cervical devido ao sedentarismo ou falta de prática de exercícios regularmente, má postura, obesidade, lesões na coluna vertebral, bem como a existência de outras doenças na região da coluna, como a escoliose.
Principais sintomas
O principal sintoma da espondilose é a queixa de dor nas costas, formigamento ou dormência dos pés, fraqueza nas pernas, dificuldade na mobilidade e rigidez dos membros afetados. Além disso, também pode surgir dor ciática, que é quando a dor irradia da região lombar para pernas e pés, além de outros sintomas mais específicos de cada caso.
Diagnóstico
Primeiramente, o médico analisará sintomas relatados pelo paciente e fará o exame clínico. Sempre que possível, pode fazer a análise do histórico médico e familiar do paciente, a fim de saber se há casos da doença na família. Para se confirmar ou descartar a possibilidade de uma espondilose lombar ou cervical, o médico especialista em coluna solicitará exames de imagem, tais como tomografia computadorizada, ressonância magnética e raio-x.
Tratamento para espondilose
Por se tratar de um problema degenerativo, não há cura, mas há tratamento para garantir a qualidade de vida do paciente. O tratamento da espondilose visa melhorar a mobilidade do paciente e aliviar as dores.
A depender de cada caso, o médico poderá solicitar a prática de exercícios para perda de peso, fim do sedentarismo e recuperar a mobilidade, bem como fisioterapia e atividades de musculação para fortalecimento, mas sempre dentro dos limites de cada indivíduo. Se houver a incidência de dores, o médico poderá indicar o uso de medicamentos, tais como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares.
Em casos mais raros, porém graves, é feito um procedimento cirúrgico para devolver a mobilidade e qualidade de vida ao paciente. A intervenção cirúrgica só é indicada em casos muito específicos e dos quais todas as abordagens anteriores de tratamento não surtiram efeito. Não existe um prazo para a recuperação do paciente, seja com tratamento conservador, medicamentoso ou cirúrgico, já que cada caso é muito particular e cada corpo tem seu tempo de recuperação.
É possível prevenir a espondilose?
É possível sim prevenir ou retardar ao máximo o surgimento de uma espondilose lombar ou cervical. Primeiramente é importante destacar que velhice não é doença, logo não significa que chegar na terceira idade é sinônimo de problemas decorrentes de desgaste de ossos e discos. A qualidade de vida do paciente em sua juventude e vida adulta é que determinará sua saúde na velhice.
Logo, adquirir boa postura, sobretudo quando se está sentado diante do computador em casa e escritório, já evita uma série de condições que afetam a coluna. A realização de atividade física com frequência não só melhora o humor e disposição do indivíduo, como evitará esta e outras doenças degenerativas da coluna vertebral.
Caso tenha conhecimento de pessoas da família acometidas com espondilose lombar ou já tenha tido um ou mais sintomas da condição, independentemente da idade ou hábitos de vida, deve-se procurar um médico especialista em coluna para investigar o caso e iniciar o quanto antes uma abordagem clínica adequada para prevenção ou tratamento.