Hiperlordose: causas, sintomas e tratamentos

Hiperlordose, é uma das condições mais frequentes tratando-se de uma alteração nos discos vertebrais. Vale lembrar que a coluna vertebral possui um formato naturalmente curvado, de modo que a doença em questão altera ainda mais esta curvatura.

É fato que a coluna vertebral se mostra repleta de curvaturas específicas, como a lordose, que é uma curvatura presente na região lombar, apresentando-se voltada para dentro da porção dorsal inferior. Caso tal área se mostre excessivamente curvada, a condição pode ter se desenvolvido no indivíduo. Dessa maneira, abaixo estão outras informações a respeito das peculiaridades desta doença.

Como a hiperlordose é caracterizada

O aspecto da coluna vertebral, quando se mostra de modo alterado, costuma ser indicativo de que algo não vai bem na saúde da pessoa. No que diz respeito ao aparecimento da hiperlordose, contudo, a condição pode ser diagnosticada quando a curvatura da coluna está acentuadamente voltada para dentro. Assim sendo, o indivíduo, consequentemente, começa a projetar o abdômen para frente.

Um dos pontos a se destacar é o fato da doença não variar em decorrência do sexo da pessoa. A hiperlordose, embora seja vista em indivíduos de todas as idades, é ligeiramente mais presente em adultos.

De que modos a hiperlordose pode se apresentar

Em virtude da área afetada, a hiperlordose pode variar em dois tipos, trazendo sintomas e consequências variadas às pessoas acometidas. Saiba mais sobre as variações da doença:

• Hiperlordose cervical: Também conhecida como “hipercifose”, afeta toda a região que compreende a coluna cervical. Neste caso, há um posicionamento indevido do pescoço para frente.
• Hiperlordose lombar: Conforme a denominação sugere, trata-se do tipo de hiperlordose que afeta pontos da região lombar. Representando a forma mais frequente da doença, leva à projeção da curvatura da coluna para trás, ao passo que projeta o abdômen do indivíduo para frente. Neste caso, o paciente passa a apresentar o quadril “empinado”.

O que costuma causar o desenvolvimento da hiperlordose

A hiperlordose decorre de diversos fatores, alguns dos principais estão listados abaixo. Saiba mais:

• Fraqueza muscular: A musculatura existente nas costas e na porção abdominal, conhecida como “core”, quando se apresenta enfraquecida, representa uma causa da hiperlordose. Isso acontece em virtude da coluna vertebral se tornar sobrecarregada.
• Má postura: Seja em pé ou sentado, o indivíduo que possui uma postura inadequada tende a curvar-se excessivamente, favorecendo o surgimento da doença. Vale ressaltar que isso também pode ocorrer quando da realização de exercício físico de modo incorreto e frequente.
• Gravidez: Sabe-se que esta fase da vida da mulher é marcada por uma série de alterações corporais. Uma delas é o peso no abdômen, decorrente do crescimento natural do feto, e que altera excessivamente a curva existente na coluna lombar. Neste caso, entretanto, a hiperlordose ocorre de modo temporário.
• Outras doenças: A condição também poderá surgir em face de comprometimentos ósseos ou musculares. Dessa forma, poderão apresentar hiperlordose os indivíduos com distrofias em músculos, osteoporose, bem como os que são acometidos por espondilolistese.
• Lesões que afetam a coluna vertebral: Decorrentes de traumas ou outros tipos de acidentes, as lesões desta natureza levam a um desequilíbrio na musculatura da região. Como consequência, a hiperlordose poderá surgir mais facilmente nestas pessoas.

Sintomas de hiperlordose

A doença podem causar e  apresentar sintomas diversos, de acordo com o grau da curvatura, bem como da existência de outras doenças e da região afetada. Dentre os mais comuns estão os seguintes:

• Movimentos restritos: Por conta da curva da coluna se mostrar alterada de forma acentuada, poderá haver limitação em se tratando da amplitude dos movimentos executados na coluna lombar. Como consequência, o paciente tem sua flexibilidade afetada.
• Fadiga nos músculos: O cansaço muscular pode ser bastante expressivo quando da ocorrência desta doença. Neste caso, o sintoma é decorrente da sobrecarga gerada pela excessiva curvatura da coluna.
• Postura atípica: Bastante observado quando da suspeita clínica de hiperlordose, apresenta aspecto expressivamente diferente daquele presente em pessoas saudáveis, projetando-se o abdômen para frente de modo excessivo.
• Dores na região lombar: Estas representam os sintomas mais frequentes em pessoas que apresentam tal condição. Vale pontuar que a dor poderá variar entre leve e intensa.

Diagnóstico

Dentre os profissionais que poderão diagnosticar a doença, destacam-se os especialistas em coluna vertebral, bem como neurocirurgiões e ortopedistas. A fim de determinar com exatidão o estágio da hiperlordose, exames de imagem poderão ser solicitados.

Dessa maneira, além da avaliação clínica, o médico poderá solicitar ressonância magnética, tomografias e outros tipos de exame. Isso também se faz necessário para que outras condições sejam descartadas.

Tratamentos

Além da intensidade dos sintomas, o tratamento para quem apresenta hiperlordose dependerá das outras condições clínicas que o paciente venha a ter. Em casos específicos, atividades físicas poderão ser indicadas para o fortalecimento da musculatura do core e consequente correção da postura e para melhorar a qualidade de vida. Para os casos mais graves, entretanto, há alternativas de tratamentos mais adequados, sendo eles:

• Medicamentos: Estes poderão ser das classes de anti-inflamatórios, bem como analgésicos ou corticoides, variando de acordo com o comprometimento do indivíduo.
• Correção ortopédica: Em determinados casos, corrigir a postura poderá aliviar a sobrecarga que a doença gera sobre a coluna lombar. Para isso, coletes e órteses poderão ser prescritos pelo médico.
• Fisioterapia: Além de também ser útil para a correção da postura, sessões deste tipo fortalecem os músculos do core e atenuam desequilíbrios de ordem muscular.
• Cirurgias: Embora sejam raramente indicadas, em casos mais graves estas poderão corrigir a curvatura excessiva da coluna gerada pela doença.