Osteomielite vertebral é uma infecção de ocorrência rara que, na maioria dos casos, é originada por bactérias. A doença pode ocorrer em qualquer faixa-etária, mas verifica-se maior prevalência entre idosos e crianças. Além disso, é importante destacar que esta costuma se desenvolver em indivíduos imunossuprimidos que tenham se submetido a cirurgias de grande porte.
De acordo com o tempo decorrido do surgimento da doença, esta pode ter duas classificações. A forma aguda acontece logo depois de o paciente ser contaminado por alguma bactéria, como a Staphylococcus aureus, por exemplo. Vale pontuar que esta costuma ser mais frequente em indivíduos diabéticos ou que tenham o sistema imunológico comprometido por alguma condição.
A osteomielite crônica, por sua vez, é identificada após cerca de até 3 semanas da infecção. Assim como no primeiro caso, a condição se mostra mais comum em pacientes imunossuprimidos.
É importante destacar que indivíduos com osteomielite podem ser afetados em diversas áreas da coluna vertebral, tais como lombar, torácica e sacral.
A doença é conhecida por ocasionar intensas dores nas costas, que costumam ser pioradas quando a pessoa se movimenta. O período noturno é relatado como de piora da intensidade deste tipo de dor, podendo ser irradiada para outras regiões do corpo, de acordo com o nível em que a coluna foi afetada.
Pelo fato de haver compressão do nervo, o paciente poderá experimentar formigamento, queimação ou dormência. Alguns casos, entretanto, necessitam de maior atenção, como por exemplo:
Além dos sintomas mencionados, o paciente também poderá ter febre, edemas, vômitos, sudorese, emagrecimento e mal-estar geral.
Tão logo se suspeite que o indivíduo possa estar com osteomielite, é imprescindível procurar atendimento médico. Isso se faz necessário pelo fato do rápido diagnóstico colaborar para a prevenção de lesões que, se não tratadas, poderão gerar sequelas permanentes.
A radiografia, por exemplo, é um dos exames de imagem que podem revelar o local da infecção, bem como possíveis perdas ósseas e outras alterações estruturais do disco intervertebral. O especialista, caso julgue necessário, poderá solicitar uma tomografia computadorizada (TC) ou outro método para avaliação dos tecidos moles existentes na coluna.
Dentre os exames de sangue que costumam ser solicitados por especialistas, estão os de Proteína C Reativa. O exame físico poderá ser norteado por meio do método de diagnóstico diferencial, podendo ser complementado por exames como o de cintilografia óssea, conforme o caso de cada paciente.
Quando há abscesso, a técnica conhecida como “biópsia aberta” poderá ser empregada para remover a infecção de forma cirúrgica.
Assim como o diagnóstico, é fundamental que o tratamento da osteomielite seja iniciado o quanto antes, a fim de se minimizar futuras complicações.
O objetivo central será o de combater a infecção por meio de medicamentos específicos. Posteriormente, a fase de reabilitação deverá ser iniciada para possibilitar com que o paciente retome suas atividades habituais.
Embora a osteomielite vertebral seja uma doença de natureza grave, por meio do tratamento ideal, é possível a obtenção de resultados satisfatórios. Em se tratando das infecções agudas, o protocolo para tratá-las não costuma requerer cirurgia.
O tratamento medicamentoso implica na administração de antibióticos por via intravenosa e em ambiente hospitalar, podendo ser continuado em casa por cerca de 6 semanas. Para o controle da dor, órteses e analgésicos poderão ser prescritos pelo médico. A reabilitação, por sua vez, conta com sessões de fisioterapia e outras práticas.
De acordo com a gravidade da doença, o tratamento cirúrgico poderá ser indicado pelo médico, como nos casos a seguir:
Além de drenar secreções provenientes da infecção, a cirurgia poderá ser empregada para remoção de ossos infectados, bem como para reconstruir a parte afetada da coluna.
A fusão espinhal e a instrumentação são técnicas cirúrgicas adotadas para tratamento das deformidades nesta região. Por meio destas, é possível devolver estabilidade, de forma permanente, à coluna vertebral.
Em determinados casos, a doença pode apresentar recidiva após o tratamento, sendo necessária uma nova intervenção cirúrgica para limpeza da área afetada, bem como para troca ou retirada de instrumentação.
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