Osteopenia é uma condição em que o indivíduo perde densidade mineral óssea. Vale destacar que o organismo humano conta, até por volta dos 30 anos, com a regeneração e regulação dos ossos.
A partir desta fase da vida, entretanto, verifica-se uma espécie de desequilíbrio entre a massa óssea produzida e a reabsorção celular. Essa desregulação torna o tecido ósseo fragilizado, aumentando o risco de fraturas.
Além disso, tal condição é conhecida por anteceder a osteoporose, uma doença que torna os ossos mais porosos, levando a um comprometimento acentuado do cotidiano do paciente.
Fatores que levam ao desenvolvimento da osteopenia
Quando a mulher está no período que sucede a menopausa, há diminuição do estrogênio, que torna menos eficiente a absorção de cálcio, tratando-se de uma fase em que a osteopenia pode se desenvolver. Indivíduos do sexo masculino com mais de 60 anos também podem apresentar esta condição.
Confira outros fatores de risco para o aparecimento da doença:
- Doenças que acometem os rins e o fígado;
- Apresentar baixa estatura e estar abaixo do peso normal;
- Familiares com osteoporose;
- Doenças tireoidianas;
- Quadro de desnutrição;
- Alcoolismo e tabagismo;
- Ter realizado tratamento quimioterápico;
- Uso prolongado de corticosteróides, anticonvulsivantes e hormônios;
- Sedentarismo.
Quais são os sintomas desta condição
De modo geral, o paciente com osteopenia não apresenta sintomas. Por esta razão, quando o diagnóstico é feito, o indivíduo pode ter desenvolvido uma perda expressiva da massa óssea, a ponto de caracterizar osteoporose. Há casos, no entanto, em que a pessoa acometida pode relatar sofrer com dores, bem como apresentar deformidades nos ossos e até mesmo fraturas.
De que formas a osteopenia pode ser diagnosticada
Em face de ser uma doença considerada silenciosa, o exame de densitometria óssea é empregado para o diagnóstico da osteopenia. Por meio deste recurso é possível mensurar a densidade óssea nas áreas estabelecidas pelo médico, tais como fêmur, coluna vertebral e outras regiões com maior propensão a fraturar.
Este exame também é feito com o objetivo de avaliar amplamente a qualidade óssea do paciente. Desse modo, torna-se possível antecipar processos degenerativos e outras condições, além de se estabelecer o grau da osteopenia a fim de tratá-la para que não avance a ponto de se tornar osteoporose.
Os resultados obtidos a partir do exame são classificados em dois parâmetros. O primeiro deles é o “T-Score”, que avalia a densidade óssea do indivíduo em comparação com pessoas do mesmo sexo e etnia e que sejam adultos jovens. Já o segundo parâmetro, o “Z-Score”, compara o paciente com outros de mesma faixa etária, mas que também pertençam ao mesmo sexo e etnia.
Os métodos empregados para tratamento desta doença
Embora não seja possível reverter um quadro de osteopenia, o tratamento é importante para limitar o processo degenerativo. Em outras palavras, busca-se impedir que o paciente desenvolva osteoporose. Para tanto, os tratamentos variam de acordo com a gravidade observada em cada caso e podem ser tanto medicamentosos, quanto fisioterápicos, cirúrgicos ou envolver mudanças no estilo de vida. Confira:
- Tratamento medicamentoso: Há o emprego de bifosfatos, que são utilizados para retenção da massa óssea, bem como suplementações de cálcio e vitamina D.
- Tratamento não-medicamentoso: Preconiza-se a adoção de dieta rica em cálcio e vitamina D, com alimentos como leite, salmão, etc. Recomenda-se banhos de sol sem protetor solar, por ao menos 15 minutos diários, bem como a realização de atividades físicas. Além disso, indica-se a eliminação de hábitos que representem fatores de cálcio e vitamina D estarem reduzidos no organismo, como o tabagismo.
- Tratamento fisioterápico: Neste caso, são empregadas técnicas como fisioterapia manual, osteopatia, mesa de tração, McKenzie, mesa para flexo-descompressão. Outros métodos para fortalecimento muscular também poderão ser adotados, conforme a recomendação do especialista.